São Paulo, terça-feira, 12 de setembro de 1995
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Bancos discutem hoje seguro para depósitos

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os banqueiros fazem hoje nova reunião, na sede da Febraban (federação dos bancos), para definir o futuro seguro de depósito (que garantiria saldos de conta corrente, poupança e CDB em caso de quebra de instituição financeira.
A reunião pode não ser conclusiva. O projeto terá de ser discutido ainda com o Banco Central.
Na Febraban, não há consenso os clientes do Banco Econômico, sob intervenção do BC desde o dia 11 do mês passado, terão acesso ao novo seguro. Muitos executivos de bancos são contra.
A discussão do novo seguro surgiu, sob a batuta do BC, depois da intervenção no banco baiano. A idéia original do BC era a de arrecadar o suficiente para garantir o pagamento do máximo possível devido a clientes do Econômico. Por enquanto, o BC garante o pagamento de R$ 5 mil.
Ainda sujeita a modificações, a proposta em discussão nos bancos é de garantir todos os depósitos (em conta corrente, poupança ou CDB) até o limite de R$ 12 mil.
Esse valor é suficiente para bancar o pagamento, em caso de quebra de instituição financeira, de 98% das contas existentes.
Mas esse teto só cobre 30% dos recursos. Ou seja: 2% das contas detêm 70% do dinheiro em banco.
Para formar o fundo que garantiria os depósitos, os bancos teriam de pagar o equivalente a 0,03% sobre os saldos de conta corrente, cadernetas e das aplicações em CDB.
O novo seguro deverá ter administração privada, mas ainda não se chegou a um consenso sobre as regras de aplicação dos recursos.

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