São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995 |
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PSDB traça estratégia sem PFL para 96
SÔNIA MOSSRI
O secretário-geral do PSDB e ministro das Comunicações, Sérgio Motta, comanda a estratégia de expansão do partido. Ele avalia que é preciso aproveitar a inflação baixa e a popularidade do presidente Fernando Henrique Cardoso para eleger o maior número possível de prefeitos tucanos. A cúpula do PSDB reuniu-se, na quarta-feira à noite, na casa do líder do partido na Câmara, deputado José Aníbal (SP), para planejar a campanha de 96. Além do anfitrião e do ministro das Comunicações, participaram da reunião o presidente do partido, senador Artur da Távola (PSDB-RJ), e o líder do governo no Senado, Sérgio Machado (CE). Sérgio Motta avalia que o governo FHC tem seis meses de tranquilidade pela frente. Em sua opinião, a folgada situação das reservas cambiais -R$ 47,9 bilhões em agosto- permite conter os preços internos por intermédio da sustentação do câmbio. Para consolidar a estratégia de expansão dos tucanos, foram convocados a Brasília o ex-candidato a governador da Bahia, Jutahy Magalhães Filho (BA), e a prefeita de Salvador, Lídice da Mata. O objetivo de Sérgio Motta era integrar os baianos na campanha de crescimento do partido nas eleições municipais. E foi bem-sucedido. O PSDB baiano voltou a acompanhar as determinações do diretório nacional do partido. Por causa da aliança do PSDB com o PFL em 94, os tucanos baianos não apoiaram a candidatura de FHC. Não queriam dividir o mesmo palanque com o atual senador Antônio Carlos Magalhães. Os tucanos querem crescer nas eleições municipais porque estão de olho em um eventual segundo mandato de FHC. Ontem, Sérgio Machado reuniu-se com a bancada cearense no Congresso em um café da manhã, no hotel Bonaparte, para discutir o lançamento de candidatos tucanos nas eleições municipais. FHC será preservado na campanha municipal. A cúpula do PSDB quer evitar atritos com o PFL. Além disso, os tucanos dizem que o PFL não tem condições para lançar candidato próprio nas eleições presidenciais de 98. Por isso mesmo, teriam de reeditar a aliança com os tucanos. Texto Anterior: Sarney tenta articular volta da opção Jáder Próximo Texto: PPB enfrenta primeiras divergências Índice |
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