São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995
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Mulher que denunciou extorsão é ameaçada

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A tradutora Ângela Kaminski, 45, autora de denúncias que resultaram na prisão de pessoas acusadas de tentar se passar por representantes do programa Comunidade Solidária para extorquir dinheiro, recebeu ameaças de morte.
A ameaça à tradutora foi feita por um homem que ligou às 10h de ontem para a sua casa em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte/MG).
O marido da tradutora, o maestro Hudson Fernando de Oliveira, 36, foi quem atendeu.
O interlocutor disse ser "da turma que foi presa". Ele disse que sabia que o casal tem uma filha e que deveria se cuidar. "Bala não tem lugar certo", disse ele.
Ele perguntou que jornalista tinha feito a reportagem sobre o caso, chamando-o de "mal-intencionado e picareta".
Oliveira respondeu que a reportagem foi publicada pela Folha, mas não quis dar o nome do autor para não envolver mais pessoas.
"Se ele (o jornalista) tiver mulher e filhos, é melhor se mudar", ameaçou o interlocutor.
O casal foi ontem ao superintendente da Polícia Federal em Minas, Agílio Monteiro Filho, para pedir proteção policial.
O superintendente disse que não podia fazer nada sem ordens superiores, pois, segundo ele, a PF não cuida de proteção pessoal.

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