São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

'Se cliente quiser, vai fumar'

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão do TJ (Tribunal de Justiça) de suspender decisão contra o decreto que proibia fumar em restaurantes e bares de São Paulo está provocando dúvidas entre os donos de restaurantes.
"Acredito que a liminar concedida aos restaurantes na época da primeira proibição continue valendo e, portanto, os restaurantes não são obrigados a vetar o fumo", disse Percival Maricato, presidente da Abredi (Associação dos Bares e Restaurantes Diferenciados).
Maricato diz que a validade ou não da liminar depende do teor do despacho do TJ. "Tudo indica que o despacho não abrange os nossos mandados de segurança, mas só saberei isso amanhã (hoje)."
O presidente da Abredi, que é proprietário do restaurante Danton, diz que não tem poder de polícia para impedir um cliente de fumar. "Não tenho vontade de restringir a vontade do cliente. Se ele quiser, vai poder fumar."
O subgerente do restaurante La Casserole, Paulo Felisbino, 44, diz que no Casserole o cliente vai poder fumar. "Temos uma liminar que nos garante esse direito e ela continua valendo."
Segundo Felisbino, já há uma divisão para fumantes e não-fumantes no restaurante. "Ninguém respeita, várias pessoas fumam na área reservada a não-fumantes. Não tenho como chegar para o cliente e mandar que ele pare."
Mary Nigri, proprietária do Quattrino, diz que a proibição ao fumo "atrapalha um pouco". "Não chega a ser muito prejudicial, da primeira vez que proibiram as pessoas colaboraram."
Já Mequita Andrade, 47, sócia do L'Arnaque, acha a restrição "uma chatice". "O restaurante tem um lado de lazer e descontração que não combina com essa idéia de policiamento da multa."

Texto Anterior: É PROIBIDO FUMAR
Próximo Texto: Ibirapuera abre Festa da Primavera amanhã
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.