São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995
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Alta na Bovespa já atinge 11,6% este mês

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O indicador da Bolsa paulista (Bovespa) acumula alta de 11,6% este mês. Ontem, a Petrobrás enviou comunicado às Bolsas confirmando a descoberta de poço de petróleo em terra firme. As ações da Petrobrás PN valorizaram-se 6,4%, fazendo com que o índice Bovespa fechasse no máximo do ano (48.105 pontos) e com alta de 1,54%.
O mercado especula com eventual reajuste das tarifas públicas e as ações das estatais do setor elétrico acusam alta. As ações da Cesp tiveram valorização de 5,0%.
Os títulos da dívida externa brasileira bateram o recorde do ano (83,83 centavos de dólar). O recorde histórico foi de 85,97 centavos em 16 de dezembro de 1994.
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York bateu, ontem, também, recorde histórico de 4.801,80 pontos no fechamento. As taxas de juros dos títulos de 30 anos do governo norte-americano caíram para 6,46% ao ano e há expectativa de que ocorrerá nova redução nos juros na próxima reunião (26 de setembro) do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), contribuindo para explicar a valorização dos preços das ações na Bolsa de Nova York.
O governo colocou ontem uma série de títulos públicos no mercado para retirar dinheiro de circulação. Foram emitidas Letras do Tesouro Nacional de 122 dias no valor de R$ 1,5 bilhão. Houve venda de papéis com variação cambial (Notas do Tesouro Nacional) de seis meses e juro médio de 18,15% ao ano e volume de R$ 1 bilhão. Foram colocadas também Notas do Tesouro Nacional de seis meses com reajuste pela Taxa Referencial e juros de 15,43% ao ano, retirando da economia mais R$ 500 milhões.
Os juros caíram nos leilões. Os papéis cambiais de seis meses em leilão no dia 1º de agosto pagaram juros de 22% ao ano. As taxas dos papéis cambiais caíram ontem para 18,15% ao ano.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,100%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,89% para dias úteis, significando rendimento de 3,31% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,84% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,28% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 2,8609%. CDBs prefixados de 32 dias negociados ontem: entre 24% e 41% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias entre 17% e 18% ao ano mais TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,50% ao mês, projetando rentabilidade de 3,74%. Para 32 dias (capital de giro): entre 43% e 93% ao ano.
No exterior
Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,81% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,54%, fechando com 48.105 pontos e volume financeiro de R$ 364,04 milhões. Rio: valorização de 2,5%, encerrando a 21.295 pontos e movimentando R$ 30,48 milhões.
Bolsas no exterior
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com recorde histórico de 4.801,80 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.651,90 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 18.758,55 pontos, o maior indicador desde 4 de janeiro (19.684,04 pontos).

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,951 (compra) e R$ 0,952 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,951 (compra) e por R$ 0,953 (venda). "Black": R$ 0,955 (compra) e R$ 0,963 (venda). "Black" cabo: R$ 0,954 (compra) e R$ 0,958 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,960 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: baixa de 0,51%, fechando a R$ 11,70 o grama na BM&F.
Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 13 foi positivo em US$ 785,33 milhões. As saídas financeiras foram maiores que as entradas de dólares em US$ 106,94 milhões. O saldo total está positivo em US$ 678,39 milhões.
No exterior
Segundo a "UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5477 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4873 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 102,81 ienes.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para setembro fechou a 3,21% no mês e para outubro a 2,94% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 49.000 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para setembro fechou a R$ 0,961 e a R$ 0,973 para outubro.

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