São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 1995 |
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Sócios ainda discutem divisão
FERNANDO PAULINO NETO
Os sócios brasileiros têm 60%, enquanto a AT&T, conglomerado de capital norte-americano, tem 40%. O consórcio, ainda sem nome, deve investir US$ 1 bilhão em um período de três a cinco anos. As Organizações Globo pretendem ter 60% da participação brasileira e o Bradesco quer divisão por igual. No início, a Globo queria participação igual à da AT&T. Segundo o vice-presidente do Bradesco, Dorival Bianchi, "o relacionamento Bradesco-Globo tem que ser acertado para fazermos a nossa holding". Só depois disso haveria uma definição de como será a holding com a AT&T. "Quando começamos a discutir o assunto não discutimos a participação. Ficamos de sentar um pouco mais adiante para discutir", disse Bianchi. Na AT&T, que é individualmente a sócia majoritária do consórcio, é dado como certo que a participação dos parceiros brasileiros será igual. A decisão de se anunciar a formação do consórcio, diretoria ou local para se reunir, antes mesmo de se acertar a participação acionária dos brasileiros foi para acalmar o mercado. Bianchi disse que muitas empresas estavam procurando o Bradesco, AT&T e a Globo separadamente para propor associações na área de telefonia celular e os sócios quiseram dizer ao mercado que já haviam se associado. Outra razão foi explicitar o fim do consórcio que havia sido feito para tentar ganhar a concorrência para telefonia celular em São Paulo, que acabou cancelada. Naquela ocasião, Bradesco e Globo se uniram à Southwestern Bell, à estatal italiana Stet e ao grupo Monteiro Aranha. A AT&T comprou a Southwestern Bell, que se transformou em AT&T Wireless Services e a Stet e o grupo Monteiro Aranha saíram do negócio. Texto Anterior: AT&T revê acordo com grupo Itamarati Próximo Texto: Arapuã abre o capital para reforçar crediário Índice |
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