São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995 |
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Sequestrada afirma que 'amor de Jesus' a salvou
CLAUDIA VARELLA
Os dois assaltantes libertaram Zelita e seu marido, o médico Arionor Vieira, 65, e se entregaram à polícia anteontem. “Foi um assalto frustrado. Eles não vieram sequestrar”, afirmou Zelita. A seguir, trechos da entrevista concedida por Zelita. Agência Folha - Como foi o assalto, que virou sequestro? Zelita - Entraram três homens no consultório. Dois subiram com o meu marido para roubar jóias (a casa do casal fica em cima do consultório). O terceiro sumiu. Agência Folha - Como foram as negociações? Zelita - Eles estavam irredutíveis. Queriam só a liberdade. O mais velho (Severino Cirilo da Silva, 39) era ex-presidiário. Agência Folha - O que fez os dois mudar de idéia? Zelita - Foram as vibrações de todos e o amor que Jesus pregou. Agência Folha - Você sentiu ou sente pena deles? Zelita - Tenho mais pena de quem mata do que de quem morre. Agência Folha - Você pensou que ia morrer? Zelita - Pensei. O mais velho chegou a nos dizer. “Gostei de vocês. Mas, se a polícia invadir, eu elimino vocês primeiro.” Agência Folha - Como foi a convivência com eles? Zelita - Eles nos trataram bem, mas com revólver na cabeça. Agência Folha - A presença da família do outro assaltante (Josenilson Carvalho Correia, 19) contribuiu para a rendição? Zelita - Também. A mãe dele estava arrasada. Ela tem outros filhos que trabalham. Texto Anterior: Corpo é achado em chamas em guarda-roupa Próximo Texto: Passado econômico ainda preocupa Índice |
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