São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995 |
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Pesquisas revelaram deflação e desemprego Nova lei eleitoral permite uso da máquina administrativa RUI NOGUEIRA
Em agosto, segundo a Fiesp, 58 mil trabalhadores perderam seus empregos -duas vezes mais que o total de demissões feitas em julho. O número de agosto só é superado pelos 122.911 demitidos registrados em janeiro de 91. A Fiesp pesquisa o nível de emprego desde dezembro de 90. Governo e empresários tiraram conclusões diferentes nas costas dos demitidos. Para Horácio Lafer Piva, diretor do Departamento de Pesquisas da Fiesp, "é um custo desnecessário do Plano Real". Para o ministro Pedro Malan (Fazenda) "é ingenuidade imaginar que, de uma maneira mágica, você passa de uma inflação de 5.000%, que aconteceu nos 12 meses anteriores à introdução do real, para a situação que estamos agora." A "situação de agora", anunciada pela FGV na terça-feira, foi a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) de setembro que registrou deflação de 0.34%. Deflação é a queda no nível geral de preços, o contrário de inflação. Na deflação, a média dos preços pesquisados cai. Em São Paulo, empresários e sindicalistas lançaram manifesto contra a recessão e a favor das reformas constitucionais. Eleições Complicada foi a lei aprovada na Câmara com as regras para as eleições municipais do ano que vem. A lei, que seguiu para o Senado, permite que os atuais prefeitos usem a máquina administrativa para promover seus candidatos e restringe a divulgação das pesquisas eleitorais, impedindo publicação de "conjecturas ou previsões". Texto Anterior: Duas lições dos antípodas Próximo Texto: DO QUE SE FALOU Índice |
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