São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Notas

SÍLVIO LANCELLOTTI

O grande Real viveu numa época em que a Europa praticava um futebol lento e compassado. Di Stefano e Puskas tabelavam sem marcação. Canário e Gento desciam à linha de fundo sem preocupação. A Europa começou a usar violência precisamente para conter o Santos e o Brasil de Pelé. Enquanto o Real passeava no gramado, o Santos precisava driblar os pontapés alheios.

O Santos, habitualmente, topava correr riscos como visitante. Espalhou o seu belo futebol através do mundo todo. Com a exceção das copas européias, o Real não viajava, jamais. Só uma vez esteve, oficialmente, na América do Sul, em 60, para enfrentar o Peñarol, do Uruguai, na decisão do Mundial Interclubes. Sumariamente, se fechou na retranca e se contentou com o 0 a 0.

Mesmo dilapidado, o Santos arrebatou, com muitos gols, ou de virada, os seus dois títulos mundiais. Em 62, depois de bater o Benfica, de Portugal, no Maracanã, 3 a 2, ainda arrasou o adversário, em Lisboa, 5 a 2. Em 63, perdeu do Milan, na Itália, 2 a 4, depois que Trapattoni tirou Pelé da peleja aos pontapés. No retorno do Rio, mesmo sem Pelé, em dois jogos fez 4 a 2 e 1 a 0. Basta?

Texto Anterior: O melhor
Próximo Texto: Edilson faz aniversário
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.