São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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Financiamento tem grande procura

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de financiamentos para a compra da casa própria é um dos motivos porque os preços do aluguel estão tão altos.
Na semana passada, entrou em vigor a primeira tentativa do governo Fernando Henrique Cardoso de amenizar o problema. A Caixa Econômica Federal (CEF) começou a receber na última terça-feira os pedidos de financiamento para a compra, construção ou reforma da casa própria para quem recebe até R$ 1.200 por mês.
O governo destinou R$ 717 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para esse programa, que tem o objetivo de atender cerca de 100 mil famílias.
A procura pelos financiamentos está sendo grande. No primeiro dia, por exemplo, quase 600 pessoas já haviam feito suas inscrições no programa só na cidade de São Paulo.
Para Ricardo Yazbek, presidente do Secovi-SP (entidade que reúne imobiliárias e construtoras), a quantia destinada para o programa é "modesta".
Ele calcula que o FGTS tem capacidade de destinar até R$ 2,5 bilhões para os financiamentos habitacionais.
O valor máximo dos empréstimo que estão sendo concedidos pela CEF é de R$ 29 mil para compra e construção e R$ 16 mil para ampliação.
O prazo de pagamento é 20 anos. As parcelas mensais não poderão comprometer mais de 30% da renda do mutuário.
As prestações serão corrigidas pelo Plano de Equivalência Salarial ou pelo Plano de Comprometimento de Renda.
A correção dos contratos será feita segundo a variação da TR (Taxa Referencial) mais juros de 3% a 9% ao ano.
Para receber o financiamento, o mutuário precisa estar inscrito no FGTS e comparecer a uma agência da CEF levando RG, CPF, comprovante de renda e extrato do FGTS.

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