São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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os operários das ladies britânicas

LÚCIA CRISTINA BARROS

Um é Reynold Pearce, 30. O outro, Andrew Fionda, 28. Juntos, eles são a dupla mais dinâmica da moda inglesa atual.
A história da parceria começou em 1985, quando eles estudavam artes. Continuou nos respectivos mestrados: um na Central St. Martins, outro no Royal College of Art.
A mãozinha no trabalho um do outro (e vice-versa) transformou-se em negócio, em outubro do ano passado, quando Pearce Fionda -a etiqueta- virou hit instantâneo no desfile da nova geração, durante a Semana de Moda de Londres.
"Sabíamos nossos pontos fortes e fracos e pensamos que, juntos, faríamos um trabalho melhor", diz Pearce. "Deu certo".
E como. A coleção monocromática -para realçar a estrutura e as formas perfeitas- do primeiro desfile chamou toda a atenção, num momento em que a moda se tingia de pastéis.
As criações "elegantes", com detalhes intrincados e cortes novos, sem serem extravagantes, ganharam os editoriais das principais revistas de moda. E os cabides das chiques Liberty e Harvey Nichols, em Londres, Bergdorf Goodman, em Nova York e Neyman Marcus, em Los Angeles -entre outras. Como mensagem, "a excelência".
"Estamos simplesmente fazendo roupas bonitas para mulheres ricas", diz um, e morre de rir. Humor britânico para um sucesso que já atravessa fronteiras. Que tal é estar assim na moda? "É trabalho duro, infelizmente", define Pearce. Entre as compensações, as viagens.
Do Brasil, onde estiveram para a final do Smirnoff Fashion Awards dia 12 deste mês, em Belo Horizonte, sabiam pouco: "É um lugar excitante. Nós adoramos Carnaval de rua -quando é o Carnaval aí?"
Lúcia Cristina de Barros

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