São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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TVs pagas terceirizam serviços

JÔ RISTOW; NELSON ROCCO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Desde que chegaram ao Brasil, há quatro anos, as TVs pagas vêm conquistando mercado. Prova disso é o crescente número de assinaturas -só a TVA, que funciona desde 1991, fechou o mês de agosto com 544.600 assinantes.
Paralelamente ao crescimento, surgem também oportunidades de pequenos negócios -as principais redes terceirizam os serviços. Montar uma empresa de instalação de TVs pagas, que cuide das redes de cabos ou que codifique os aparelhos de TV, é o principal deles.
A estrutura para fazer as instalações internas -codificar os aparelhos de TV para receber os sinais por cabo- irá depender muito do capital inicial disponível.
Segundo Ana Emília Ribeiro, 29, gerente da INB São Paulo Equipamentos e Telecomunicações, empresa que fornece esse tipo de serviço para a NET, TVA e Multicanal -principais TVs pagas-, para começar é preciso um capital mínimo de R$ 50 mil.
"Isso para montar seis equipes de duas pessoas e seis veículos que, de início, podem ser locados por cerca de R$ 800 por mês. Depois de um mês, já está garantido o retorno para novos investimentos", afirma Ana Emília.
A INB, que começou em 1991 com duas equipes, hoje trabalha com 54 e chega a fazer uma média de 2.500 instalações mensais.
O sócio e marido de Ana Emília, Marino Roberto, afirma que com R$ 3.500 é possível treinar e equipar um técnico e um ajudante.
Para isso, diz, são necessários ferramentas diversas, um aparelho para medição dos sinais e um monitor de TV. O treinamento dos técnicos leva cerca de 90 dias.
O importante, diz Ana Emília, é já ter contatado as operadoras de TVs pagas antes de montar o negócio. "Em cerca de três ou quatro meses é possível recuperar o investimento total", diz Iemini.
Segundo as contas de Iemini, a rentabilidade de uma instaladora varia de 25% a 30% ao mês.
As operadoras de TVs pagas exigem que o prestador do serviço tenha veículo próprio, mão-de-obra especializada e ferramentas.
A Multicanal, por exemplo, só contrata depois de aplicar testes aos funcionários. "Para garantir o padrão de qualidade no atendimento, exigimos que tenham conhecimento em área de telecomunicações e eletrônica", afirma o diretor-geral da operadora em São Paulo, José Luiz Andreucci.
Antônio Teixeira Neto, 42, diretor de operações da TVA (SP), explica o motivo de a distribuição dos cabos ser terceirizada: "Estaríamos criando um elefante branco se pensássemos em montar uma estrutura para 500 mil assinantes."

Colaborou NELSON ROCCO, da Reportagem Local.

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