São Paulo, domingo, 17 de setembro de 1995
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Ponto comercial é destaque

DA REPORTAGEM LOCAL

O 1º Congresso Internacional de Franchising teve como principal objetivo discutir os rumos do franchising no final do século.
Franquia é um sistema de negócio que consiste na transferência dos direitos de exploração da marca, serviço, produto ou tecnologia de uma empresa para outra, mediante o pagamento de taxas.
Coordenados pelos consultores Marcus Rizzo e Marcelo Cherto, os debatedores brasileiros abordaram aspectos da Lei de Franquias e linhas de crédito para o setor.
Eliane Bernardino, vice-presidente da rede Mister Pizza, afirmou que a lei não prevê casos em que o franqueador (dono da marca) aluga um ponto e repassa para o franqueado (comprador).
"O franqueado fica sob o controle do franqueador. Isto acontece porque a prioridade na renovação do contrato é do locatário e não para quem está usando o ponto."
Thomas Macintosh, advogado norte-americano, afirmou que não compreendia o conceito de ponto comercial, porque não existe nada semelhante em seu país.
A lei obriga o franqueador ou master-franqueado a entregar uma COF (Carta de Oferta de Franquia) ao interessado, com diversas informações sobre a empresa.
Eloi D'Avila, da rede de agências de viagens Flytour, defendeu que a carta contenha três opções de financiamento.
Para isso, segundo ele, o setor deve "brigar" por crédito junto aos bancos. "Não vamos chegar ao ano 2000 sem financiamento."
Thomas Macintosh falou sobre ética entre franqueados e franqueadores. "O franqueador deve tratar o franqueado como cliente."
O canadense Kent Harding, da rede de gráficas Kwik Kopy, disse que 1 em cada 12 empresas nos EUA é franquia. Para ele, o Brasil deverá ultrapassar esta marca.
Para o presidente da rede norte-americana de salões de beleza The Barbers, Frederick Huggins, "os franqueadores devem lidar de forma justa com os franqueados, para evitar litígios".

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