São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Fundos de renda fixa saem prejudicados
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
As regras não mudaram para os recursos que estão depositados nos fundos de curto prazo ou de commodities. Até anteontem, todos os investimentos feitos até o dia 29 deste mês nos fundos atuais teriam garantido, mesmo depois de outubro, quando passam a funcionar os novos FIFs (Fundos de Investimento Financeiro), a manutenção da regra atual de saque. No caso dos fundos de renda fixa, significava a possibilidade de saque a cada 28 dias. O BC estabeleceu, porém, que somente o primeiro "aniversário" pós-outubro terá prazo de 28 dias. Depois, os recursos vão obedecer a regra de saque do novo fundo. Como somente os FIFs de 60 dias são isentos do compulsório (não são obrigados a depositar no BC parte do dinheiro aplicado), os bancos estavam preferindo incorporar os fundos de renda fixa nessa nova modalidade. Na prática, de forma compulsória, os investidores terão sua possibilidade de saque estendida de aproximadamente 30 dias para 60 dias. Resta, portanto, a "opção" de alongar os prazos das aplicações "na marra", como parece querer o governo, ou aproveitar o primeiro aniversário para o saque total. Não é pouco dinheiro que terá de fazer essa opção -caso o BC não mude, de novo, a regra. Estão depositados nos fundos de renda fixa, segundo dados do último dia 15, R$ 12,8 bilhões, ou 21,5% do total dos fundos. Esses recursos equivalem, grosso modo, ao que o BC injetou na economia nos últimos 40 dias por conta do afrouxamento dos compulsórios (depósitos obrigatórios que os bancos tinham de fazer no BC). Texto Anterior: IGP-M aponta deflação de 0,49% na segunda prévia Próximo Texto: Equipe defende política de juros Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |