São Paulo, quarta-feira, 20 de setembro de 1995
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<UN->Usuário prefere controle próprio<UN>

JAMES KIM
DO "USA TODAY"

Usuário prefere controle próprio
Quando se fala em patrulhar a Internet, a maioria dos usuários prefere deixar o governo de lado.
É o que diz pesquisa com 427 usuários da rede mundial de comunicação por computador feita pelo IntelliQuest, um instituto de pesquisas de Austin, Texas.
Segundo a pesquisa, cerca de um terço prefere que uma comissão formada por especialistas e representantes de entidades regulamente o ciberespaço.
A pesquisa, feita para o "USA Today", significa boas notícias para um grupo de 22 empresas e entidades que anunciaram na semana passada um projeto para dar aos usuários maior controle sobre o que é recebido via Internet.
O grupo inclui empresas como Microsoft, Apple e AT&T, os principais serviços de informações on line e o Massachusetts Institute of Technology.
O projeto prevê que grupos independentes -talvez associações comunitárias ou representantes- deverão fazer uma classificação dos conteúdos disponíveis na rede.
O grupo pretende desenvolver software que possibilite impedir a recepção de material obsceno.
Assim, os pais poderiam bloquear material que considerassem inadequado para seus filhos.
Programas com essa tecnologia embutida deverão estar disponíveis no próximo ano.
A pesquisa
A pesquisa, que tem margem de erro de 5%, aponta que 80% dos usuários têm preocupação com o fato de que crianças podem ter acesso a material pornográfico via Internet e serviço on line.
E 54% dos entrevistados são favoráveis a medidas para controlar a ciberpornografia.
Segundo a pesquisa, 60% comprariam programas para bloquear a recepção de material pornográfico.
O patrulhamento da Internet tem sido um dos temas em discussão no Congresso Nacional.
Em junho passado, o Senado aprovou proposta banindo a pornografia na Internet.
Outra decisão parlamentar prevê que a indústria deverá produzir tecnologias que permitam filtrar esse tipo de material.

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