São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 1995 |
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Evangélicos criticam Universal
FERNANDO MOLICA; CLÁUDIA TREVISAN
Em nova divulgada ontem, a associação faz várias críticas à Universal. Fundada há seis anos, a AEVB reúne igrejas evangélicas como a presbiteriana, a luterana, a metodista e algumas convenções batistas e da Assembléia de Deus. Assinada pelo presidente da AEVB, pastor Caio Fábio D'Araújo Filho, a nota sugere que a Universal abandone a designação de evangélica e afirma que seus métodos de arrecadar dinheiro junto aos fiéis são "agressivos, insistentes, manipulativos e abusivos". A nota ressalta que a arrecadação de recursos deve ser feita "sem ameaças de maldições, sem trocas indecorosas feitas em nome de Deus e sem coação psicológica resultante de exercícios de indução feitos sobre o povo". Deputados federais evangélicos criticam a proposta de exclusão. Presbiteriano como o presidente da AEVB, o deputado federal Elias Abrahão (PMDB-PR) considera a sugestão discriminatória. "É um absurdo. Quem tem poder de definir o que são evangélicos?" O deputado Salatiel Carvalho (PPB-PE) diz que a classificação da Universal como evangélica é natural: "Não tem como excluir". O documento da AEVB contesta várias práticas da igreja, sob o argumento de que essas práticas apresentam "elementos radicalmente contrários à fé evangélica". Segundo Caio Fábio, a nota diferencia os líderes da Universal de seus fiéis, "que são pessoas que estão procurando Deus". A Universal não faz parte da AEVB. As igrejas pentecostais são ligadas ao CNPB (Conselho Nacional de Pastores do Brasil), entidade dirigida pelo bispo Edir Macedo, fundador da Universal, e pelo pastor Manoel Ferreira, da Assembléia de Deus. Os pentecostais representam cerca de 77% dos evangélicos. (Fernando Molica e Cláudia Trevisan) Texto Anterior: PSDB recebe hoje adesão de mais três congressistas Índice |
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