São Paulo, sábado, 23 de setembro de 1995 |
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BC discute com deputados paulistas
DA REPORTAGEM LOCAL O Banco Central e o governo de São Paulo vão reabrir, na semana que vem, as negociações em busca de uma solução para a crise do Banespa.A informação foi dada por deputados estaduais que discutiram o assunto, ontem em São Paulo, com o presidente do BC, Gustavo Loyola, por quase duas horas. Caminho político Segundo Walter Feldman (PSDB), líder do governo na Assembléia Legislativa, a conversa com Loyola deixou claro que a solução para o Banespa passa pelo caminho político. “O governo do Estado quer ter o direito de administrar o banco”, afirmou Fernando Cunha (PSDB). A comissão composta por deputados de quase todos os partidos afastou a possibilidade de privatização. “Privatização não passa”, afirmou Feldman apoiado pelos outros nove deputados que o acompanhavam. Loyola voltou a afirmar que se o governo federal tiver de colocar dinheiro no banco, não há como não privatizar. Proposta petista O deputado Paulo Teixeira (PT) apresentou a Loyola a proposta de seu partido - lançada ontem na Assembléia na forma de projeto de lei - de trocar a dívida ativa do Estado (débitos de ICMS não pagos por empresa) por títulos estaduais. Os títulos seriam negociados no mercado. Se não houvesse comprador para todos os papéis, os títulos seriam trocados por papéis federais. O dinheiro levantado seria repassado pelo Estado ao Banespa, que pagaria seus débitos com o BC e resolveria o problema imediato de caixa. A proposta é semelhante àquela apresentada pelo governador Mário Covas (PSDB) de emitir títulos garantidos em bens patrimoniais públicos para pagar parte da dívida de R$ 13,5 bilhões do Estado para com o Banespa. Loyola, segundo os deputados, ouviu a nova idéia e teria dito que o BC continua estudando a proposta de venda dos imóveis de Covas e agora estudará também esta nova opção. O presidente do BC não fez comentários sobre a reunião. Protesto Durante a reunião com os deputados, um grupo de funcionários do Banespa fez uma manifestação em frente à sede do BC na avenida Paulista, em São Paulo. Não houve confusão. A Polícia Militar não estimou o número de participantes no ato. Segundo a comissão que representava os funcionários, havia cerca de 200 pessoas protestando. Texto Anterior: Aspirina reduz morte de fetos, diz cientista Próximo Texto: Loyola fala em idéia nova Índice |
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