São Paulo, sábado, 23 de setembro de 1995
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Governo prepara mudanças nas regras de escolha das agências

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo quer rever, dentro de um mês, as regras para a escolha das agências publicitárias que atenderão as contas do governo.
A mudança é para evitar os vícios constatados na escolha das agências que trabalhariam para a Caixa Econômica Federal, cuja licitação foi cancelada.
Ontem o governo apresentou a entidades do setor -Associação Brasileira de Publicidade e Federação Nacional de Propaganda- as suas propostas. As entidades têm duas semanas para apresentar sugestões ao governo.
O governo pretende investir R$ 25 milhões na publicidade de 22 estatais, além de verbas de ministérios.
Entre as modificações propostas está a de criar uma fase classificatória em que as agências seriam analisadas apenas por aspectos técnicos. Depois, numa fase final, o caráter seria mais subjetivo.
Para essa segunda fase, as agências teriam de fazer apresentação oral de suas propostas, que devem ser analisadas pela diretoria da empresa que está fazendo o contrato -e não apenas pelos funcionários da área de Comunicação Social.
O governo também quer mudar a avaliação do desempenho das empresas publicitárias.
"Hoje o que existe é uma espécie de vestibular. Depois de passar pela seleção, as empresas não são mais avaliadas", disse o porta-voz e secretário de Comunicação da Presidência, Sérgio Amaral.
Os critérios para avaliação serão ainda definidos. "O governo, em geral, paga mais e recebe menos qualidade do que a iniciativa privada", disse Amaral.
Outra idéia que deve ser incorporada à legislação é a de incentivar a formação de consórcios de agências, para permitir que pequenas e médias empresas se unam para concorrer com as grandes.

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