São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995 |
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Embaixadas usam R$ 66,4 mi do Fundo Social de Emergência
DANIELA PINHEIRO
O documento, assinado pelo presidente do tribunal, ministro Marcos Villaça, diz que "o FSE, criado para custear ações de saúde e educação, benefícios previdenciários, auxílios assistenciais, estaria cobrindo gastos não previstos no objetivo do fundo". O TCU investigou a contabilidade das embaixadas de Amsterdã, Haia e Roterdã (Holanda), Oslo (Noruega), Moscou (Rússia), Varsóvia (Polônia), Sofia (Bulgária), Praga (República Tcheca) e Budapeste (Hungria) de janeiro de 94 a maio deste ano. A auditoria foi feita em maio e junho de 95 por técnicos do tribunal e do Banco Central, supervisionados pelo Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores). O maior gasto constatado (R$ 39,6 milhões) serviu para pagar a "manutenção das atividades de política exterior": água, luz, telefone e viagens diplomáticas, segundo o Itamaraty. O pagamento de "pessoal administrativo e técnico local no exterior" consumiu R$ 10,7 milhões. Despesas com propaganda, revistas e vídeos sobre o Brasil custaram R$ 1 milhão. Também foram incluídos R$ 10,1 milhões com "ações de caráter sigiloso". O TCU vai recomendar a inclusão imediata dos gastos das missões diplomáticas e consulares no Siafi, o sistema informatizado que controla as despesas do governo. Tesouro O Itamaraty reconheceu que quase todos os seus recursos saem do FSE e responsabilizou o Tesouro pelo repasse das verbas. "O Tesouro define nossa fonte, e não temos como contestá-la", disse Maria Luiza Viotti, da Secretaria de Imprensa do Itamaraty. Texto Anterior: De quem é a autoridade Próximo Texto: 'Voz do Brasil' chega aos Estados Unidos Índice |
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