São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995 |
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HPV não é detectado no exame papanicolau
JAIRO BOUER
Metade dessas mulheres é portadora dos subtipos menos agressivos e a outra metade está infectada pelas linhagens mais agressivas. O estudo foi feito com mulheres de João Pessoa (PB) e São Paulo. Um terço das infecções pelos subtipos mais agressivos podem levar a lesões precursoras do câncer de colo de útero. Os pesquisadores ainda não sabem, com certeza, o que determina que uma infecção pelo HPV evolua para uma lesão precursora de câncer. Uma das hipóteses é que as linhagens ou subtipos mais agressivos ficam por mais tempo e em maior quantidade dentro das células, possibilitando efeitos prolongados do vírus sobre o tecido. Outra hipótese é que cada organismo responde de modo diferente à infecção pelo HPV. Os sistemas imunológicos de algumas pessoas seriam capazes de controlar com maior eficácia a ação do vírus. Outros especialistas apontam co-fatores que facilitariam a ação do vírus. Os principais são o uso de anticoncepcionais orais, fumo e promiscuidade sexual. O exame papanicolau não permite a visualização direta do vírus HPV. A partir de alterações presentes nas células da vagina e do colo do útero, o médico infere que o vírus possa estar presente. A PCR é capaz de identificar o HPV nas células humanas com uma sensibilidade (chance de acerto) que alcança os 100%. Segundo Luisa Lina Villa, os resultados dos novos estudos sugerem que a combinação dos dois exames pode garantir maior segurança na prevenção do câncer de colo de útero. (JB) Texto Anterior: Sexo é o meio de transmissão Próximo Texto: OMS dá medalha para Nelson Mandela; A Frase; O Número; OMS alerta para a epidemia do tabaco; Capacidade física é menor em fumentes; Asma ocupacional é frequente em fumante Índice |
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