São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995
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Uniforme tira mulher do sério

DA REPORTAGEM LOCAL

A farda pode ser do Exército, Marinha, Aeronáutica, de PM, segurança de banco, guardinha de guarita, elas não tem preconceito. São as mulheres taradas por um uniforme. Elas adoram ser paradas na estrada e fazem de tudo para tirar a farda de um marinheiro. São capazes de arriscar a vida para atrair a atenção de um bombeiro.
"Acho muito divertido quando me param na estrada. Especialmente se é um desses guardas que pedem a carta e falam bobagens como "voa mais baixo, avião", diz a empresária M.N., 35.
Ela vai muito ao interior de São Paulo, por causa dos negócios, e já foi parada várias vezes.
"Nunca passei da troca de olhares, mas um dia desses ainda perco a cabeça", diz M., que também se sente atraída por guardas de trânsito e seguranças em geral.
Com a manicure carioca J.F., 28, o flerte com um marinheiro na Praça Mauá (centro do Rio) foi além da simples troca de olhares.
"Quando passamos um pelo outro, não resisti e olhei para trás. Ele voltou para conversar comigo e me convidou para tomar chope. Perdi o dia de trabalho e toda a vergonha", lembra.
A secretária Y.A., 42, adora contar a história de um incêndio que presenciou no prédio em frente ao que trabalha. Não pelo ineditismo da história, mas pela missão de salvamento, que incluía um bombeiro "gatíssimo".
"Desci para acompanhar de perto o resgate e me oferecer para ajudar. Quando tudo acabou, eu disse a ele que ainda tinha fogo para apagar. Ele me deu o telefone do batalhão. Transamos durante meses."

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