São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995
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Investigação mobiliza 75 detetives há 7 dias

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

Há uma semana, desde que a brasileira Maria Isabel Monteiro Alves, 44, foi morta no Central Park, em Nova York, 75 detetives de todos os distritos policiais da cidade vêm trabalhando exclusivamente na solução do caso.
Graças a uma reforma no Departamento de Polícia de Nova York, que aconteceu há dois anos, os detetives não precisaram alterar a rotina e continuam trabalhando em seus próprios distritos.
É que todas as delegacias estão interligadas por computadores, o que possibilita que os trabalhos de cada investigador sejam acompanhados pelos colegas a quilômetros de distância.
Até mesmo a delegacia móvel que foi montada no Central Park -a menos de 200 metros do local onde aconteceu o crime- está equipada com computadores que permitem que os detetives que estão trabalhando ali realizem as investigações sem ter que voltar para a central.
Apesar de ser remotíssimas as chances de ainda se encontrar alguma pista no local do crime após sete dias, a polícia continuava mantendo a delegacia móvel na esperança de que alguma testemunha aparecesse no local.
Recompensa
Mas o grande trunfo da polícia são os US$ 63 mil oferecidos como recompensa para quem der alguma pista sobre o criminoso.
"Num crime em que são deixadas poucas pistas, a polícia tem que contar com a sorte ou com a ajuda da população. As 'hot-lines' (linhas telefônicas colocadas à disposição da população para denúncias anônimas) e as recompensas vêm desempenhado um papel fundamental", disse William Bratton, comandante geral do Departamento de Polícia.
No caso do assassinato de Maria Isabel, a polícia tinha duas linhas à disposição da população: uma ligada ao próprio departamento e outra coordenada pelos Crime Stoppers (organização privada que luta contra o crime incentivando a delação).
Além da informatização e do estímulo à cooperação da população, a polícia de Nova York conta com os mais modernos exames laboratoriais existentes.
Esses exames permitem que, entre outras coisas, seja descoberta a identidade do criminoso através do esperma, pele, fio de cabelo ou pelo sangue.

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