São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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'Eurometas' unem adversários políticos

PS e PSD prometem cumprir metas para moeda única

JAIR RATTNER
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE LISBOA

Nestas eleições, socialistas e sociais-democratas defendem a mesma política econômica: aplicação de todas as medidas previstas no Tratado de Maastricht. PS e PSD apresentam como prioridade estar entre os países que vão ter a moeda única européia em 1999.
Isso significa que os dois principais partidos têm os mesmos objetivos: reduzir os gastos públicos, baixar a inflação, limitar a emissão de dinheiro, manter o escudo forte e segurar a taxa de juros.
A divisão entre os quatro partidos que, segundo as pesquisas eleitorais, vão ter deputados suficientes para influir no próximo Parlamento, coloca de um lado o socialistas e sociais-democratas e do outro Partido Popular (de direita) e a Coligação Democrática Unitária (de esquerda).
Já os comunistas e a direita estão com posições semelhantes, porém não assumem uma postura direta contra a participação portuguesa na União Européia.
Os dois defendem apenas a realização de um plebiscito sobre a entrada do escudo na moeda única, em 1999. A cautela vem do fato de os portugueses serem os mais favoráveis à União Européia entre todos os países: 64% aprovam a instituição, segundo pesquisa de opinião feita em todos os países.
A discussão sobre a presença do país na União Européia ficou de fora da campanha eleitoral. Os dois únicos debates na TV reuniram apenas os candidatos a primeiro-ministro do PS e do PSD.
Durante a campanha, os sociais-democratas afirmam que Portugal está mais próximo dos países rico, com um crescimento econômico maior que a média da UE.
Os socialistas baseiam sua argumentação em dados contrários apresentados por organismos oficiais. Segundo os outros partidos, trata-se de uma discussão entre iguais.

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