São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995 |
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Mais um na shoppinlândia
CRISTINA ZAHAR Tem montanha russa, projeto de estação de trem alemã e até feira. Bate de frente com um vizinho. O São Paulo Market Place, novo centro de compras plantado na cidade dos shoppings, fica ao lado do shopping Morumbi.O novo templo do consumo terá uma montanha russa de 12 metros de altura, 161 lojas, 28 restaurantes de fast food, 2.000 vagas de estacionamento, supermercado, feira, cinemas. O São Paulo Market Place abre suas portas no Brooklin (zona sul), na próxima sexta, dia 29. É um empreendimento da La Fonte -a mesma dona do shopping Iguatemi- em conjunto com o Petros -fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás. Para se destacar na shoppinlândia, é preciso investir -e pesado. A construção do São Paulo Market Place levou um ano e meio e absorveu US$ 120 milhões. São 85 mil m2 de área construída (contra 150 mil m2 do Morumbi Shopping) mais 20 mil m2 de escritórios. O projeto do prédio é inspirado nas estações de trem alemãs e leva a assinatura dos arquitetos Alberto Botti e Marc Rubin. Sua estrutura, em ferro e vidro, privilegia a iluminação natural. A área de lazer ocupa todo o subsolo e terá, além da montanha russa, outros brinquedos importados e três lojas de fast food. Não à toa o espaço foi batizado de "fantasy land. Infelizmente, essa área só será aberta ao público em 11 de outubro. No piso térreo concentram-se as lojas, que podem ser vistas quando se está no subsolo. É nele que estão as duas âncoras -Pão de Açúcar e Lojas Americanas-, a feira, que concentrará 25 operadores em 1.700 m2, e as demais lojas. No piso superior ficam a praça de alimentação e as três salas de cinema. "Nós já tínhamos o melhor shopping de São Paulo", diz Ruy Siqueira, diretor superintendente da La Fonte, referindo-se ao shopping Iguatemi -o mais antigo, inaugurado em 1966. "Agora, temos também o mais bonito", emenda. Siqueira diz que o fato de o São Paulo Market Place ficar ao lado do shopping Morumbi não o incomoda. Contra-ataque Com 400 lojas e 3.500 vagas de estacionamento, o Morumbi vê a chegada do vizinho com um misto de preocupação e orgulho. "Isso quer dizer que fizemos um bom trabalho na região. Quando viemos para cá, isso aqui era um brejo. O desenvolvimento da avenida Luís Carlos Berrini só confirma que estávamos certos", afirma Cláudio Sallum, superintendente do Morumbi. Se a concorrência não assusta, pelo menos impulsiona novos projetos. O Morumbi inaugura dia 9 de novembro seu pólo fashion, que vai reunir 60 lojas da área de moda. Além disso, a área interna do shopping passou por uma reforma de quatro meses, que será concluída no final deste mês. No início de 96, é a vez de os cinemas passarem por uma completa reformulação. Um problema que pode se agravar com a chegada do novo shopping é o trânsito. Para Sallum, a prefeitura está fazendo um bom trabalho na região. "A alça da marginal Pinheiros, a construção do córrego Águas Espraiadas e a extensão da avenida Faria Lima vão melhorar o trânsito e facilitar o acesso à região". Para Siqueira, isso não será problema. "Os carros podem entrar no São Paulo Market Place pela marginal e pela Chucri Zaidan (continuação da Berrini). Mas a saída é só pela marginal", explica. C.Z. Texto Anterior: Afogando em números Próximo Texto: Inveja do Braúlio Índice |
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