São Paulo, domingo, 24 de setembro de 1995
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Nova música de Xuxa tem Ayrton Senna

OTÁVIO MESQUITA

A apresentadora nunca acorda antes do meio-dia e dorme sempre com Zé, seu cachorro yorkshire
Especial para o TV Folha
Saímos de São Paulo no avião particular de Xuxa, um Lear Jet 55 para oito pessoas. Antes, um abraço especial em sua melhor amiga (aliás, amizade recente), Viviane Senna.
No Rio, ela dirige um Audi SR2, que comprou de Ubirajara Guimarães, ex-sócio de Ayrton Senna. Buscamos Marlene Mattos. No carro, a empresária coloca no toca-fitas duas músicas já mixadas do próximo disco de Xuxa.
Elas ouvem a fita cinco vezes. Uma música fala do Brasil. Pode parecer piegas, mas eu me emocionei: tem a voz do Galvão Bueno narrando uma chegada do Senna, com o tema dele, e o pênalti que o Baggio perdeu na Copa.
Chegamos à Casa Rosa de Xuxa. Tudo é perfeito. Decoração, cheiro, local. Tomamos um lanchinho rápido. Xuxa vai ao seu quarto para provar roupas com Maria, sua eterna governanta e segunda mãe.
Então, Marlene me mostra o quarto de hóspedes -na verdade um apartamento. Branquinho, decoração clean, com uma estante em forma de X que segura som e vídeo.
A cama é king size e os lençóis têm o logotipo XM. Vou tomar banho e aí começam uns probleminhas. Esqueci meu pijama -eu não imaginava que iria dormir lá.
Na mesma hora, Xuxa providencia uma camiseta e uma cueca de cetim maravilhosa (daquelas que as mulheres usam como short). Devia ter levado pra casa...
O banheiro é tão automatizado, tão cheio de botões, que acabei tomando banho frio. Não acertei nenhum, e o que eu acertei mandou uma ducha de água gelada bem lá...
Vou para cama. Marlene entra no quarto, conversamos um pouco. Falamos de Xuxa, óbvio, e outras coisas. Depois de dez minutos, vem a própria. De roupão cor-de-rosa, daqueles bem felpudos, prontinha pra dormir. Dá um boa noite geral. Vai se recolher.
Acordo às dez e meia e me dirijo à cozinha para tomar café. Tinha de tudo o que você pode imaginar, até café com leite. Estou tomando meu café quando de repente... abre a porta da esperança e entra ela!
Gente, eu vi Xuxa logo que acordou. Parecia minha sobrinha Greta, de 7 anos. Despenteada, olhinho fechado, coçando a cabeça, descalça e ligada no automático. Acho que ela estava acordada uns trinta por cento. Não abriu a boca.
Eu disse um "bom dia!" e ela balançou a cabeça como quem responde "oi". Abre a geladeira, pega uma caixa de chá. Aí, descobri que ela tinha dormido com o Zé, que entrou na cozinha logo em seguida. O Zé eu invejo. Vive sempre perto dela, a vê se trocando, tomando banho, tudo.
Êta, rapaz de sorte, esse Zé. Bem, é um cachorro yorkshire bem bonitinho. Um rapaz mesmo. Como dizia nosso ex-ministro Magri, "cachorro também é ser humano".
Malas no carro, tudo pronto. Buenos Aires nos espera.

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