São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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Planalto se opõe a cearense

DO ENVIADO ESPECIAL

A candidatura do deputado Paes de Andrade (CE) é a menos querida do Palácio do Planalto. Paes votou contra a quebra dos monopólios estatais e tem um passado nacionalista. Nem por isso pensa em romper com o governo.
Integrante por muitos anos do grupo mais próximo de Ulysses Guimarães, Paes é um obstinado pela presidência do partido. Há três meses, comanda jantares quase diários para ganhar votos.
Na campanha, publicou uma cara brochura de 280 páginas para distribuir a políticos e jornalistas.
Na publicação, relata os atos que assinou nas 12 vezes em que assumiu interinamente a Presidência da República, durante o governo Sarney (1985-1990). À época, o deputado presidia a Câmara.
A força de sua candidatura surpreende, fato tido como improvável após o "caso Mombaça".
É uma referência a uma de suas interinidades no Planalto. Paes lotou o jato presidencial de convidados e promoveu um convescote em Mombaça (CE), sua cidade, pago pelo contribuinte. "Fico feliz de constatar que após 40 anos de política só conseguem fazer essa crítica imbecil", diz Paes, chamado nos corredores do Congresso de "imperador de Mombaça".

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