São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BC aceita proposta para sanear Banco Econômico

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA</FD:TEXTO><UN>

O Banco Central aceitou ontem a proposta para saneamento e venda do Banco Econômico, que prevê o refinanciamento da dívida de R$ 3,5 bilhões que instituição tem junto ao BC, além da venda de todo seu patrimônio não-financeiro em leilões internacionais para quitar parte deste débito.
O plano para salvar o Econômico da liquidação foi entregue ontem ao presidente do BC, Gustavo Loyola, pelo interventor Francisco Flávio Sales Barbosa.
O Econômico está sob intervenção federal desde o último dia 11 de agosto.
A venda de participação acionária do Econômico em várias empresas -patrimônio não-financeiro - vai permtir que parte desta dívida seja quitada.
Ainda nesta semana serão publicados os primeiros editais para leilões internacionais do patrimônio não-financeiro do Econômico.
Depois disso, o plano será apresentado pelo BC ao grupo Monteiro Aranha. O grupo Monteiro Aranha é do Rio de Janeiro e controla o Banco Interatlântico, que representa dois grupos europeus e tem interesse na compra do Banco Econômico.
Este plano de refinanciamento do Econômico está sendo considerada por técnicos do governo como um “prato feito”. Ou seja, se não for desta maneira a única saída será a liquidação do banco.
Segundo a proposta do interventor, até 30 de novembro serão vendidos em leilões internacionais a participação acionária do Econômico na Conepar (Companhia Nordeste de Participações) -66% do poder votante. A Conepar tem participação acionária no pólo petroquímico de Camaçari, Copene e Norquisa.
Também serão vendidos até este prazo 10% do capital votante do Econômico na Açominas e 8% do capital na Usiminas. Até o final de fevereiro, deverão ser vendidas outras empresas do Econômico.
O levantamento do patrimônio não-financeiro do banco mostrou que o Econômico tem participação em empresas de vários setores. O trabalho foi realizado por técnicos do Swiss Bank, contratados por Angelo Calmon de Sá, ex-presidente do Econômico.
Gustavo Loyola disse, na semana passada, que queria o fim do controle acionário de Calmon de Sá. A Folha apurou que o empresário pediu ao interventor que ele achasse qualquer saída que evitasse a liquidação.

Texto Anterior: Só a pinta
Próximo Texto: Manifesto anti-recessão une 80 entidades
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.