São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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USP estuda problemas de defesa do organismo

DA REPORTAGEM LOCAL

A USP (Universidade de São Paulo) está recolhendo amostras de sangue de portadores de imunodeficiências para formar um banco de DNA. É o primeiro banco desse tipo na América Latina.
O DNA (ácido desoxirribonucléico) é a molécula que carrega o código genético. Ela é a responsável pela determinação das características de um indivíduo.
O banco de DNA vai servir para que pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da universidade analisem as causas das imperfeições congênitas no sistema de defesa do organismo.
Hoje, não existe um centro de pesquisa que reúna amostras de diferentes problemas para estudo. "Nossa intenção é formar esse banco com material genético para, no futuro, fazer diagnósticos mais avançados", diz Lourdes Isaac, 42, professora-assistente do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas.
Segundo ela, com o banco, o Brasil vai poder trocar experiências e conhecimentos com outros países que estudam as imunodeficiências. "Ainda temos alguns problemas, como falta de suporte financeiro, mas estamos buscando ajuda com as agências de incentivo à pesquisa."
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), existem 42 imunodeficiências conhecidas. A maioria dessas imperfeições só incide numa parcela muito pequena da população. O imunodeficiência mais comum -falha no IgA (anticorpo)- afeta uma em cada mil pessoas em São Paulo, segundo pesquisa feita pela USP.

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