São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995
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Setor militar dos EUA tenta vender no Brasil

FERNANDO RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Em profunda crise nos EUA, 12 empresas fornecedoras de produtos para a área militar chegam amanhã ao Brasil para tentar abrir uma nova frente de negócios.
A Missão de Defesa e de Diversificação Comercial, como é chamada no Departamento de Comércio dos EUA, fica amanhã no Rio e os dias 28 e 29 em São Paulo.
O governo dos EUA reduziu seu orçamento militar de US$ 293 bilhões em 90 para uma previsão de US$ 246 bilhões em 96.
Essa queda de US$ 47 bilhões (16,4%) nos investimentos governamentais de 90 para cá ocorreu por dois motivos principais.
Primeiro, porque o fim da União Soviética (1991) reduziu a demanda por armamentos nos EUA. O outro motivo é a pressão cada vez maior da população norte-americana por mais programas sociais, o que drena recursos de todas as outras áreas.
"Nosso departamento de produção está trabalhando em dois turnos e operando entre 55% e 60% de sua capacidade", diz o folheto de apresentação da M.S. Aerospace, uma das 12 empresas que faz parte da missão.
Por causa do crescimento nos anos 60 e 70, a indústria que serviu os militares norte-americanos foi a que mais desenvolveu tecnologias avançadas.
Com a decadência do mercado nos EUA, as empresas que chegam amanhã prometem maravilhas. Sem dizer o preço, a Lamsa, da Califórnia diz oferecer os helicópteros "com custo de aquisição e de manutenção mais baixos".
As 12 empresas podem ser contactadas no Brasil por intermédio do Escritório Comercial dos Estados Unidos, Departamento de Missões Comerciais, no telefone (011) 853-2011.

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