São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 1995 |
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Cetesb vê irregularidade na produção do Mille
DA REPORTAGEM LOCAL A produção do Uno Mille Electronic, carro "popular" da Fiat, não atende às exigências da legislação ambiental brasileira.Esse é o resultado de estudo feito pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), de São Paulo, a pedido do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais). "Todos os veículos deste modelo, fabricados desde 1992, estão em desconformidade com as exigências da legislação ambiental brasileira", afirma o documento, divulgado ontem pelo "Jornal do Brasil". Segundo a Cetesb, teriam sido identificados "artifícios que encobrem a desconformidade deste modelo com as exigências ambientais". A Fiat, em comunicado oficial, nega qualquer irregularidade. Diz que todos os seus produtos foram "testados e aprovados pela Cetesb, órgão credenciado pelo Ibama". "Até o momento a Fiat não foi comunicada oficialmente pelo Ibama", diz o comunicado da montadora. A Fiat afirma também que "a empresa, entretanto, deixa claro que usará todos os recursos cabíveis para defender o interesse de seus consumidores e sua imagem no Brasil". Entre outras medidas, a Cetesb sugere "o recolhimento e reparo de todos os veículos" e a suspensão da produção e comercialização do Uno. A assessoria de imprensa da Cetesb confirma que o estudo foi encomendado pelo Ibama. Flávia Torreão, assessora de comunicação do Ibama, diz que o estudo foi entregue ao órgão na sexta-feira. O Ibama tem 30 dias para elaborar um parecer, com base no estudo da Cetesb. Somente após esse prazo é que será possível saber se a montadora está sujeita a algum tipo de punição. Segundo a nota da Fiat, o Mille Electronic, que começou a ser produzido em 92 e saiu de linha este ano (foi sustituído em junho pelo Mille i.e.), obteve o primeiro parecer favorável da Cetesb em 12 de novembro de 92. "O Mille Electronic passou por outros oito testes da Cetesb durante os últimos dois anos" e foi "aprovado e homologado em todos os testes". Texto Anterior: Setor militar dos EUA tenta vender no Brasil Próximo Texto: Feira traz novidades em redes e videoconferência Índice |
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