São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 1995
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Garoto morre no ES enquanto patinava na rua

CLAUDIA VARELLA
DA AGÊNCIA FOLHA

O menino Saul Alves Miranda de Carvalho, 12, morreu com um tiro no abdômen quando patinava anteontem à noite em frente à sua casa, no bairro Jardim Camburi, em Vitória (ES).
Ele chegou a ser socorrido e morreu a caminho do Hospital Infantil. Seu corpo foi enterrado ontem, às 16h, no cemitério Jardim da Paz, em Serra (Grande Vitória).
Segundo depoimentos de testemunhas na polícia, o tiro partiu da janela de uma casa próxima, onde mora a escrivã Delucy da Penha Gaburro, 46, do Departamento de Polícia Judiciária de Serra.
O delegado Júlio César Oliveira Silva, 38, que apura o caso, disse que há "90% de possibilidade" de o tiro ter partido da casa dela. "Só o laudo vai comprovar isso", afirmou. O laudo da perícia feita ontem deverá sair até amanhã.
"A bala perfurou o menino e atingiu um muro", disse. Segundo o delegado, o projétil que atingiu o garoto não foi encontrado.
O delegado disse que a escrivã ainda não prestou depoimento. "Ela não foi ouvida porque não a encontramos hoje (ontem) em sua casa nem no trabalho."
Segundo ele, "não é possível" dizer que Delucy está foragida "pois não há mandado de prisão contra ela".
A Agência Folha não conseguiu falar ontem, por telefone, com a escrivã Delucy Gaburro nem com a família de Saul.
O delegado Silva, chefe da Divisão de Crimes contra o Patrimônio de Vitória, foi designado para o caso pelo delegado-chefe da Polícia Civil, Pedro Moacir Monteiro do Nascimento, 44.
Duas testemunhas do crime que prestaram depoimento ontem à polícia disseram 'a Agência Folha que o tiro teria partido da casa da escrivã.
"Na hora do barulho, vi fumaça saindo da janela da casa", afirmou Davis Matos Cochiareli, 18, que patinava no local no momento do crime.
O estudante Arthur da Cunha Galvão, 18, que também patinava com Saul, disse que o tiro veio "da direita e de cima". "A gente ouviu o barulho e olhou direto para a janela da casa", afirmou.

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