São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996 |
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PC pode perder liberdade condicional
OLÍMPIO CRUZ NETO
Segundo eles, são grandes as chances de PC e a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello (Economia) serem condenados em processo no qual são acusados de corrupção. Uma nova condenação obrigará PC a voltar para a prisão. PC está sendo processado sob acusação de corrupção ativa, e Zélia, por corrupção passiva. Caso sejam condenados, poderão pegar até oito anos de prisão. No caso de PC, há o agravante de ele não ser réu primário. Teria de cumprir ainda o restante da condenação por falsidade ideológica. Para o relator do caso, ministro Néri da Silveira, há fortes indícios de que Zélia teve suas despesas pessoais pagas com cheques de "contas fantasmas" operadas pelo esquema PC. O dinheiro recebido de PC serviu para a reforma de um imóvel de Zélia em São Paulo, além de custear viagens da ex-ministra para Nova York, e de sua mãe, Auzélia Mello, para Aruba (Caribe). O processo é conhecido como "Caso Rodonal". No dia 16 de setembro de 90, a Rodonal depositou US$ 813 mil na conta da EPC, empresa de PC. No dia seguinte, Zélia assinou a Portaria 541, concedendo reajuste de 17,40% nas passagens de ônibus, na época em que os preços estavam congelados por causa do Plano Collor. Além disso, PC está condenado a quatro anos de prisão por crime de sonegação fiscal e só não está cumprindo pena porque a defesa está recorrendo da sentença. Texto Anterior: Empresários pedem mais incentivos Próximo Texto: Britto quer a saída de 'servidor da burocracia' Índice |
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