São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996
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Empresários pedem mais incentivos

Costa critica falta de política comum

DA REPORTAGEM LOCAL

A principal crítica ao Mercosul é a falta de políticas comuns aos países membros nas áreas de investimento e tributária.
"Às vezes somos surpreendidos por investimentos brasileiros na Argentina, mas não há investimentos argentinos relevantes aqui", revela Roberto Teixeira da Costa, da Brasilpar.
Ele diz que não existe uma política de investimentos comum aos quatro países.
Segundo Teixeira da Costa, presidente do capítulo brasileiro do Ceal (Conselho Empresarial da América Latina), os impostos são obstáculos aos investimentos estrangeiros no Brasil.
"Os argentinos, por exemplo, gostariam de ser tratados como empresários nacionais no Brasil, mas ainda são vistos como estrangeiros", comenta.
O chamado "custo Brasil" -encargos que oneram a produção- também é considerado desestímulo à entrada de capital e incentivador da saída de empresas brasileiras.
"O Brasil tem uma estrutura desestimulante para investimentos", comenta Luiz Fernando Furlan, diretor do departamento de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
"Há uma infinidade de impostos e uma política de juros que assusta. Outros países têm incentivos para atrair investimentos produtivos", completa.
"O mercado comum precisa avançar em questões macroeconômicas, como diferenças fiscais e tributárias", defende Michel Alabi, vice-presidente da Associação de Empresas Brasileiras para o Mercosul.
"Estamos tentando fazer uma reforma fiscal sem observar o Mercosul", prossegue.

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