São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996 |
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Banheiros da São Silvestre 'fracassam'
VALMIR STORTI
Antes da largada feminina, anteontem, às 15h, os encanamentos que davam vazão dos banheiros já apresentavam entupimentos e vazamentos para a calçada, que criavam um odor insuportável. "A idéia é boa. Tem papel higiênico, mas não tem água para limpar o vaso, o cheiro fica forte. Você dá a descarga e não sai nada", disse o paulista Roberto Borandi Jr., 31. E ainda faltavam duas horas para a largada masculina. O carioca Aldemir dos Santos, 27, que veio para São Paulo apenas para competir também desaprovou o banheiro. "Está muito sujo, não tem água para levar as fezes." Pisando na água que escorria dos sanitários, a suíça Heim Brigitte, 58, foi menos crítica. "Infelizmente não está limpo, mas é melhor isso do que nada." Para o diretor da prova e vice-presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Victor Malzoni Jr., 45, a idéia poderá ser melhorada na próxima prova. "No ano passado a Folha mostrou a foto do mexicano Arturo Barrios urinando na rua e neste ano instalamos os banheiros. A inovação terá que ser aperfeiçoada", disse Malzoni, anteontem. No entanto, Malzoni tem certeza que fez tudo como devia. "Eu participei da Maratona de Nova York neste ano e sei que nossos banheiros são muito melhores que o que eles instalaram lá." Para os corredores de elite, as cabines foram instaladas no Masp e para os demais participantes, próximo do prédio da Gazeta. Devido a concentração de banheiros em um local, o público passou a utilizar os do comércio. Por volta das 14h45, uma pizzaria da av. Paulista interditou todos os banheiros, alegando problemas hidráulicos. Texto Anterior: Vanderlei quer ir a Atlanta Próximo Texto: Dadá Maravilha quase desiste Índice |
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