São Paulo, terça-feira, 2 de janeiro de 1996
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Desencalhei, diz vencedora

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Finalmente, desencalhei." A frase de Carmem de Oliveira, ao sair do prédio-sede da São Silvestre pelo estacionamento, mostra o significado dessa vitória -e das sete derrotas anteriores, como os vice-campeonatos de 85, 90, 92 e 93.
Após os fracassos, Carmem parecia não acreditar na vitória nem mesmo após cruzar a linha. "Sonhei tantas vezes com essa cena, que agora tudo parece um sonho".
(MD)
*
Folha - Com que espírito você disputou essa prova?
Carmem de Oliveira - Até ali, 1995 havia sido um ano ruim. Além da medalha de ouro no Pan (10 mil m), não tinha conseguido mais nada. Até pensei em parar. Vim para cá como uma espécie de última chance.
Folha - Quando subia a av. Brig. Luís Antônio, já em primeiro, você pensou na prova de 93, quando perdeu quase no final?
Carmem - O tempo todo! Na minha cabeça, voltavam as cenas daquela corrida.
Folha - Você disse após a prova que demorou a pegar a bandeira brasileira, na av. Paulista, porque ainda tinha medo de perder. Quando pegou, você estava segura da vitória?
Carmem - Não totalmente, ainda carreguei a bandeira fechada um pouco. Só pertinho da chegada, tive coragem de abri-la.
Folha - Qual a sensação da vitória?
Carmem - Sonhei tanto com essa cena, que agora tudo parece um sonho.
Folha - Como você gostaria de comemorá-la?
Carmem - Quero desfilar num carro aberto do Corpo de Bombeiro, em Sobradinho (DF), a minha cidade, ao som da música de "Carruagens de Fogo".

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