São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Minguando; Tudo de novo; Pedra no caminho; Dias a fio; Velhos problemas; Mundo afora; Mina de ouro; Quem não se comunica; Recorde; Aposentados; Missões; No mercado; Inovação; Vela; Funil; Fora do script; Corpo fora

Minguando
Cálculos da assessoria da Câmara indicam que pelo menos R$ 3,5 bi da receita do Orçamento deste ano já estão comprometidos devido à não-aprovação de seus projetos. Além disso, Serra já andou falando em cortar R$ 10 bi.

Tudo de novo
Representante do PT na Comissão de Orçamento, Paulo Bernardo (PR) vai propor aos parlamentares pedir ao governo uma revisão das receitas previstas: "Ou o Congresso vai votar um Orçamento que não vale nada".

Pedra no caminho
Relator do Orçamento no Congresso, o deputado Iberê Ferreira (PFL-RN) dá sinais de que não vai topar a revisão geral da proposta a essa altura. Receia que sobre para ele o ônus de mais atrasos na votação do Orçamento.

Dias a fio
FHC pode enfrentar turbulências com a Aeronáutica, por causa do Sivam, mas tudo indica que com a Marinha está um mar de rosas. Os fuzileiros navais que fizeram sua segurança em Salvador se negaram a ser rendidos.

Velhos problemas
Entre os vários problemas que não saíram da agenda de FHC apesar do ano novo, o da comunicação é um dos que mais lhe aborrece. Cita o Sivam como exemplo de um projeto que o governo não conseguiu explicar a importância.

Mundo afora
A comunidade diplomática que gira em torno do Itamaraty prevê que FHC continuará no ritmo de viagens sem fim até 98. Se a reeleição não vier, apostam diplomatas, o presidente fará carreira em um órgão multilateral, tipo ONU.

Mina de ouro
Em 95, o número de celulares em São Paulo saltou de 211 mil para 425 mil. E a Telesp já contratou mais 475 mil. O investimento tem retorno: no ano passado, R$ 500 milhões do faturamento da estatal vieram da telefonia celular.

Quem não se comunica
Chico Vigilante (PT-DF) achou o motivo de Cristovam Buarque (PT-DF) ter a pior avaliação entre os 11 governadores avaliados em pesquisa do Datafolha: "É o melhor do Brasil. Mas o governo não se comunica com a sociedade".

Recorde
Apesar de ser a capital mais jovem e com menor número absoluto de funcionários municipais, Palmas (TO) bate um recorde, segundo levantamento da Folha: 8,58% de seus moradores são funcionários da prefeitura.

Aposentados
Entre as 26 capitais brasileiras, o Rio de Janeiro é a que tem o maior número de funcionários municipais inativos: 36 mil, ou 31% de todo o funcionalismo.

Missões
Vice-governador paulista, Geraldo Alckimin foi escalado por Covas para solucionar três velhos problemas, até o final do mês: prédio da Eletropaulo, Instituto da Mulher e Parque Villa-Lobos.

No mercado
Suspeito de superfaturamento, o prédio da Eletropaulo na marginal Pinheiros (SP) será vendido. Mas sua avaliação será feita só após a entrega das propostas. A mágica é vendê-lo com o menor prejuízo para o cofre do Estado.

Inovação
Para conter despesas, o governo catarinense determinou que em janeiro as repartições públicas funcionem em turno único, das 13 às 19h. Cai também a despesa com vale-refeição. Agora o almoço é mais cedo. E em casa.

Vela
Amanhã, no Rio, o secretário de Energia paulista, David Zylbersztajn, fecha com o BNDES financiamento para a eletrificação de 120 mil propiedades rurais até 98. Há 200 mil propriedades rurais paulistas no escuro.

Funil
Os deputados e a direção do PT começam a traçar na próxima terça-feira o perfil do futuro líder da bancada. Não há sinal de acordo entre os vários concorrentes.

Fora do script
Os caciques petistas já não dão como certa a vitória de Mercadante sobre Erundina na prévia para escolher o candidato do partido à prefeitura paulistana. O fator pesquisa está equilibrando o jogo.

Corpo fora
Além de achar que o PMDB não tem muita chance na eleição paulistana, Quércia tem outro motivo para não se envolver diretamente na disputa interna: vários dos que postulam a candidatura pertencem ao seu grupo político.

TIROTEIO
Do vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, Pedro de Camargo Neto, sobre as ações do governo na agricultura:
- O governo estima em 10% a redução de área plantada. Quando a quebra da safra for maior do que isso, vai atribuir a razão a São Pedro. O governo deveria saber que a agricultura depende do clima e ter uma política voltada para isso.

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