São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Diagnóstico

Na campanha eleitoral pela Prefeitura de São Paulo em 92, Paulo Maluf decidiu, de surpresa, visitar uma sinagoga no centro da cidade no dia do "Yom Kippur".
Sem a presença de jornalistas, o candidato foi recebido com festa por alguns. Outros que participavam da cerimônia não gostaram do ar de campanha exibido por Maluf na sinagoga, mas se calaram. Um jovem judeu, no entanto, decidiu partir para o confronto e gritou:
- Fora daqui. Sinagoga não é lugar de pedir voto. Fora daqui.
À tarde, quando o incidente já era comentado com alegria nos comitês dos adversários, os jornalistas foram perguntar a Maluf o que tinha ocorrido.
Enquanto tentava ganhar tempo para dar uma boa resposta à pergunta incômoda, o candidato optou primeiro por desconversar, mas diante da insistência dos repórteres sacou a resposta:
- Isso não tem importância. Fui bem recebido na sinagoga, o rabino é meu amigo e me contou que o rapaz que fez o escândalo não é muito bom da cabeça.

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