São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996 |
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Confusão marca dia de matrículas na rede estadual
FERNANDO ROSSETTI
A desinformação foi fruto da mudança radical na sistemática de matrículas para o ano letivo de 1996. Nas escolas, principalmente, era difícil entender quem tinha vaga garantida e quem não tinha. A Secretaria de Estado da Educação explica: quem vai entrar na 1ª série do 1º grau já deve ter feito a matrícula em dezembro e, se fez, está com a vaga garantida. Quem cursou, em 1995, da 1ª à 7ª série do 1º grau ou o 2º grau em uma escola pública (estadual ou municipal) também já fez a matrícula (entre 14 e 18 de dezembro). Esses também têm vaga garantida, se forem estudar na escola indicada no ato da matrícula, e só precisam ir à escola no início das aulas, em 22 de fevereiro. Se o aluno de 1º grau da rede pública quiser estudar em outra escola que não a indicada no ato da matrícula, ele tem que pedir transferência (que começou ontem e vai até o dia 12). Para alunos do 2º grau que queiram transferência o período é de 15 a 19 de janeiro. Os focos de confusão que surgiram ontem ocorreram entre a minoria dos estudantes que não se encaixam em nenhum dos grupos acima: alunos que estão saindo da rede particular para a estadual ou que estão se transferindo de outros Estados; e, ainda, pessoas que estão voltando a estudar. Também houve alguma confusão entre alunos que fizeram a 8ª série em escolas estaduais que não oferecem 2º grau. Nova explicação: quem concluiu a 8ª série do 1º grau em escola pública já deve ter feito inscrição em dezembro para uma escola que ofereça o 2º grau. Hoje é o último dia para essas pessoas se matricularem. Isso, se a escola que escolheram não tiver mais candidatos do que vagas. Se forem muito concorridas -como o Fernão Dias Paes (Pinheiros, zona este) e o Brasílio Machado (Vila Mariana, zona sul)- haverá sorteios no dia 5 (para quem já é da rede pública) e no dia 10 (para quem vem de escola particular ou de outro Estado). A partir do dia 15 haverá matrículas para as vagas remanescentes. O desespero maior ontem era entre os que ficaram para essa fase de vagas remanescentes. "Disseram que não tem vaga aqui e me mandaram ir para outro colégio onde eles também não sabem se tem vaga. Como é que eu vou fazer?", perguntava uma garota de 16 anos -que preferiu não se identificar. Ela quer voltar a estudar, desta vez no Fernão Dias Paes, perto de onde trabalha. A secretaria diz que garante vagas para todos, embora, para alguns, longe do local desejado. Texto Anterior: Família pode recorrer à Justiça, diz advogada Próximo Texto: FHC anuncia programas e diz que 96 será o "ano da educação" Índice |
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