São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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CRM quer investigar as causas das mortes

DA REPORTAGEM LOCAL

O CRM (Conselho Regional de Medicina), que se opõe ao PAS, afirma que vai investigar as mortes ocorridas no hospital municipal de Pirituba nos dois primeiros dias de implantação do PAS.
Segundo o Sindicato dos Médicos, que também é contrário ao PAS, dez pessoas haviam morrido até as 23h de ontem. Número que a prefeitura não confirma.
Segundo a diretoria do CRM, não é possível neste momento atribuir responsabilidade à prefeitura ou à cooperativa do PAS.
O conselho estava ontem convocando 25 médicos envolvidos de alguma forma com as mortes e a implantação do programa para prestar esclarecimentos amanhã.
Entre os convocados estão José Knoplich, coordenador do PAS, e Elcio Yomura, diretor da cooperativa do hospital de Pirituba.
"Vamos examinar os prontuários e a responsabilidade dos profissionais e da prefeitura", disse Célio Levyman, diretor do CRM.
Ontem à tarde, representantes de vários conselhos regionais, sindicatos e entidades ligadas à Saúde, todos eles opositores do PAS, informaram que pedirão ao Ministério Público uma investigação sobre as mortes no hospital.
As mesmas entidades dizem que vão entrar hoje na Justiça com pedido de liminar para garantir aos profissionais o direito de atender em suas unidades enquanto os quadros da cooperativa não estiverem completos.
Hoje à tarde, as entidades devem se reunir co a presidência da Câmara Municipal para tentar uma intermediação do legislativo na questão do PAS.

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