São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996 |
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'N' razões para não cometer suicídio em 96
BARBARA GANCIA
Todos os anos, o jornal, sediado em Bolonha, promove a enquete "Juízo Universal, o Maior Hit Parade da História", na qual os leitores são convidados a votar nas cinco razões pelas quais consideram que vale a pena viver. O amor costuma ser o grande vencedor da competição. Veja como são as coisas, ó leitor afinado com os prazeres da vida: no ano de 1992, "il cazzo", o órgão sexual masculino, não foi muito bem votado. Tirou apenas o quinto lugar, o que provocou um editorial dos redatores do "Cuore" chamando a atenção de toda a Itália para o fato de que o popular instrumento não atravessava fase das mais gloriosas. Seria uma idéia iluminada transportar a pesquisa do "Cuore" ao Brasil. Mas, como não somos nenhum país europeu, poderíamos rebatizá-la de: "'N' razões para não cometer suicídio em 1996". Esta coluna realizou uma pesquisa informal entre seus milhões de admiradores e colheu alguns motivos para viver, que fariam qualquer suicida pensar duas vezes. Muito bem, então vamos a elas: 1) Ter comprovação científica de que andar de jet ski e ativar a buzina do carro em bairros residenciais causam impotência sexual. 2) Submeter quem por ventura estiver mentindo no caso Sivam a trabalhos forçados na pedreira do Vicente Matheus. 3) Forçar juízes de futebol que anulam gols em final de campeonato a ler, de cabo a rabo, todas as futuras edições da revista "Victoria", a publicação recém-lançada pela doce ex-ministra Zélia. 4) Enviar para passar férias em Sarajevo o fotógrafo que ousar clicar mais uma foto de Adriane Galisteu. 5) Transformar em "sparring" do Frank Bruno todos os pais que levam crianças a restaurantes e as deixam correr soltas. Texto Anterior: CRM quer investigar as causas das mortes Próximo Texto: Braços abertos; Carne fraca; Projeto nobre Índice |
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