São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Empresa descarta venda da Pains

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, disse ontem que está descartada a hipótese de venda da siderúrgica Pains.
"Isso é totalmente inviável", afirmou Gerdau à Folha, em Brasília.
Ele disse que não iria comentar o pedido de intervenção feito pelo presidente interino do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Edison Rodrigues-Chaves.
O presidente do grupo gaúcho afirmou que "ele (Rodrigues-Chaves) sabe o que está fazendo com uma empresa que emprega 14,5 mil funcionários e paga US$ 450 milhões em impostos".
Segundo Gerdau, a representação entregue ao Ministério Público não interrompe as negociações para solucionar o impasse com o Cade.
"Temos posição aberta para o diálogo", afirmou.
O grupo Gerdau argumentou, por intermédio de nota oficial emitida ontem, que o setor siderúrgico é oligopolista por natureza, pois só seria rentável operando em grandes níveis de produção.
Concentração
Segundo Gerdau, existe apenas um grupo siderúrgico operando na França. Na Inglaterra, somente dois.
Nos Estados Unidos, de acordo com o empresário, também estaria ocorrendo uma tendência de fusões de empresas na área de siderurgia.
A nota oficial do grupo argumenta, ainda, que o setor é aberto à concorrência internacional, pois as tarifas de importação estão ao redor de 10%.
Segundo Gerdau, o grupo pretende aguardar a palavra definitiva do ministro da Justiça, Nelson Jobim, que suspendeu liminarmente a decisão do Cade de obrigar a venda da siderúrgica Pains.

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