São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Preços costumam ser elevados

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ingresso para um bom lugar na temporada do Mozarteum custa R$ 73, e as assinaturas são pagas no começo do ano para os dez concertos. No Cultura Artística, deve ficar no mínimo em R$ 80, e na Hebraica, em R$ 30.
Seria bizantino discutir se é caro pela qualidade do espetáculo. Mas o fato é que as próprias sociedades de programação vendem parte de seus ingressos a preço reduzido para estudantes ou possuem programas mais populares.
Dois exemplos: o Banco de Boston, patrocinador da série da Hebraica, também cobre os custos dos concertos de órgão na igreja São Bento, e o Mozarteum possui, às quintas-feiras, no Masp, a série Concertos do Meio-Dia.
O que ocorre, no entanto, é que a música clássica se enquadra aos poucos nos mesmos mecanismos comuns para o resto da sociedade: o serviço público é gratuito mas de qualidade deficiente, enquanto o serviço privado se adapta à demanda do mercado e produz um bom produto por preço elevado. A música não inventou nada. Ela respira a mesma atmosfera em que já estão a educação e a saúde.
(JBN)

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