São Paulo, quarta-feira, 3 de janeiro de 1996
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Antes do tempo

A realidade parece ter-se adiantado em uma semana ou pouco mais às previsões de que o nível de atividade econômica seria baixo no primeiro trimestre, se não durante todo o primeiro semestre de 1996.
Mesmo os que se preparavam para enfrentar um período fraco a partir do início deste ano contavam atravessar os meses ruins depois de tomar algum fôlego durante as festas. Mas não foi o que ocorreu.
Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, avalia que o fluxo das vendas de final de ano praticamente cessou na véspera do Natal. No ano passado, diferentemente, o comércio continuou com um bom movimento até depois do réveillon.
Os pedidos de falência na cidade de São Paulo cresceram 147% no ano de 1995 em relação a 1994, e, segundo a Associação Comercial, o faturamento do comércio na capital caiu 10%, na comparação entre os mesmos períodos. É razoável supor que esses sejam sinais significativos do que, com pequenas variações de grau, ocorreu em todo o país.
Assim, o fato de as vendas não terem deslanchado no período das festas traz uma preocupação adicional. A perspectiva de recuperar-se dos maus resultados nos próximos meses praticamente inexiste. Trata-se, para muitos, de enfrentar um inverno sem ter conseguido acumular provisões.

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