São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996 |
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Criança paga taxa extra para voar nos EUA
DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES" Ninguém pode fornecer o número exato de "menores desacompanhados" que viajam hoje nos EUA, mas todos concordam que os números estão crescendo.Christopher L. Chiames, porta-voz da Associação de Transporte Aéreo, estima que 20 mil "menores desacompanhados" viajam diariamente pelas companhias aéreas norte-americanas - média de uma criança por vôo. Uma evidência do crescimento é que agora várias companhias aéreas estão cobrando uma taxa para cuidar de crianças desacompanhadas em vôos diretos. Formalmente, uma taxa era cobrada apenas quando a criança era obrigada a fazer uma conexão e, para isso, precisava de acompanhante. Já que as companhias nunca permitiram conexões a crianças entre 5 e 7 anos, essa taxa se aplica virtualmente a todas as crianças desacompanhadas. Os resultados podem ser divertidos. Em agosto passado, o doutor Les I. Siegel, morador em Bloomfield Hills, Michigan, enviou seu filho de 11 anos em uma viagem de Detroit a Chicago, um vôo direto de 381 km e que demora cerca de uma hora. O agente de viagem não sabia que em julho a United Airlines havia passado a cobrar US$ 30 pelo serviço. Siegel disse que, se soubesse dessa taxa antes, teria trocado de companhia aérea. Quando ele e o filho chegaram ao aeroporto, Siegel teve de pagar os US$ 30. Quando ele ligou para a companhia, ficou sabendo que a taxa serviria também para o vôo de volta. Após pedir um reembolso à companhia, Siegel notou que sua irmã -que havia ficado com a criança em Chicago - tinha um débito de US$ 30 em seu cartão de crédito. Já Siegel estava com o canhoto da taxa paga. Quando Joseph Hopkins da United ouviu a história do pagamento duplo, sorriu e disse que os US$ 60 pagos em taxas eram quase o valor da passagem. Siegel lembra que pagou algo entre US$ 69 e US$ 79 pelo bilhete. As companhias aéreas que estão adotando a cobrança dessa taxa -que parece estar sendo adotada por mais e mais companhias- dizem que elas não estão fazendo pelas crianças mais do que já estavam fazendo. "Nós agora estamos transportando crianças desacompanhadas às centenas", diz Al Becker da American Airlines. "A taxa é um reconhecimento de que há um custo real involvido. Não podemos fornecer o serviço de graça." Texto Anterior: Brasil pode ser parceiro ideal Índice |
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