São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996
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Brasil pode ser parceiro ideal

LEON ALEXANDER

Especial para Folha
Há um espaço que deve interessar à agricultura brasileira. Como também nosso know-how sobre usinas hidro-elétricas.
As relações comerciais entre os dois países, abordadas na viagem do presidente à China no âmbito de vários painéis, mostram a área de comodities como aquela que já vem se revelando promissora.
Contudo, não deve passar desapercebido aos exportadores brasileiros que alguns setores que nos interessam na China vêm tendo sua produção rapidamente aumentada, como a de frangos e carnes.
Manufaturados
No tocante aos manufaturados, os nossos fabricantes ainda têm um esforço muito grande a desenvolver, face a várias dificuldades a serem vencidas.
Algumas delas dizem respeito a entraves burocráticos, como é o caso da dificuldade de órgãos oficiais brasileiros aceitarem o aval do Banco da China para os financiamentos à nossa exportação.
Necessário se faz também que bancos brasileiros abram linhas de financiamento com o o mesmo objetivo.
É curioso saber que a maioria dos capitais são aplicados por chineses no exterior, aqueles mesmos que escaparam à Revolução comunista dos anos 40.
Como nem por isto foram hostilizados pelos mentores das reformas políticas acontecidas, o que está sendo proporcionando agora é o retorno destes investidores a partir de Hong Kong, Macau até Vancouver.
O resumo do relato acima, seja pelo que ouvimos, seja pelo que saiu nos jornais chineses, é de que a viagem do presidente Fernando Henrique à China foi proveitosa para o Brasil, inclusive no concerto das nações.
Poderá continuar a sê-lo, pelo próximo futuro, por tudo aquilo que em comum, começa a aproximar os dois países.
(LA)

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