São Paulo, quinta-feira, 4 de janeiro de 1996
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'Inferno verde', dizia geógrafo

SILVIO CIOFFI
DA REDAÇÃO

"Espessa e intrincada, um inferno verde" foi como Alexander von Humboldt, o fundador da geografia física, chamou a Amazônia.
Humboldt, que nasceu e morreu em Berlim, viveu 90 anos e, em sua época, foi quase tão famoso quanto Napoleão Bonaparte.
Estudou economia e línguas estrangeiras e, de início, pensou em dedicar-se à política, o ofício de seu pai, de família prussiana e ligado a Frederico, o Grande.
Dedicou-se depois à mineralogia e iniciou as viagens científicas que o levariam a desenvolver o estudo da geografia.
Viagem à Amazônia
Em 1799 e 1804 visitou as regiões tropicais do Novo Mundo, dedicando grande parte de seu tempo ao estudo da Amazônia.
Só não se embrenhou mais na floresta porque o governo de Lisboa, temeroso de sua presença na Amazônia brasileira, editou uma ordem régia que proibia a entrada de estrangeiros em seu domínio.
Sua obra principal "Viagem às Regiões Equinociais do Novo Continente", editada em 30 volumes, contém relatos político-econômicos, geográficos, arqueológicos e a descrição minuciosa de pássaros, peixes, insetos e plantas da América.
Estrela da ciência
Friedrich Wilhelm Karl Heinrich Alexander, o barão von Humboldt, publicou também "Kosmos", obra em cinco volumes, e, mesmo tendo morrido em 1859, ainda é considerado um dos grandes sábios da humanidade.
Foi o naturalista e humanista que uniu o idealismo clássico e as ciências naturais exatas que surgiram em sua época.
(Siovio Cioffi)

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