São Paulo, sexta-feira, 5 de janeiro de 1996
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PM acusa ex-governador de ter mandado matar jornalista na PB

ADELSON BARBOSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

O subtenente da PM (Polícia Militar) da Paraíba, Edilson Tibúrcio de Andrade, disse ontem, em entrevista a TV Tambaú, de João Pessoa, que o deputado federal e ex-governador Wilson Leite Braga (PDT) lhe dava R$ 600 por mês em troca de seu silêncio no caso "Paulo Brandão".
Andrade acusa Braga de ter sido o mandante da morte do empresário e jornalista Paulo Brandão Cavalcanti Filho, assassinado com 30 tiros de metralhadora e revólver calibre 38, na noite de 13 de dezembro de 1984, em João Pessoa.
Cavalcanti Filho era dono do jornal "Correio da Paraíba", que fazia denúncias de irregularidades contra o governo estadual.
Na época, Braga era governador e foi indiciado pela Polícia Federal como mandante. Seu nome foi excluído do processo pelo Ministério Público por falta de provas.
Na última terça-feira, o subtenente divulgou uma carta com os detalhes da suposta trama que Braga teria armado para assassinar Cavalcanti Filho.
Andrade está preso há dois anos, sob acusação de ter participado do crime. Na carta, ele nega envolvimento no assassinato.
"Braga procurou comprar meu silêncio até o mês passado, me mandando R$ 600,00 por mês", disse Andrade em entrevista à TV Tambaú.

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