São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996 |
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Embrapa colhe lagartas mortas para produzir inseticida biológico
MYRIAN VIOLETA
O combate à praga é feito pelo Centro de Pesquisas Agropecuárias do Oeste (CPAO) da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que compra as lagartas mortas para produzir, com os vírus, um inseticida altamente letal à praga. As lagartas mortas haviam sido contaminadas na semana anterior pelo Baculovirus anticarsia. As lagartas recolhidas serão congeladas para manter o vírus e, em abril, serão usadas na fabricação do inseticida biológico. Desde 85, o CPAO vem pulverizando as lavouras de soja com o vírus. Depois, ele é retirado das lagartas mortas para a fabricação de mais inseticida. Para coletar as lagartas mortas, o CPAO recruta cem pessoas, na maioria desempregados, que recebem R$ 10 pela lata de um litro com lagartas. Cada um consegue coletar até duas latas por dia. A coleta está sendo feita em 500 ha. O CPAO pretende conseguir uma tonelada e meia de lagartas. Para a fabricação do inseticida, o CPAO congela a lagarta morta. Depois, ela é triturada formando um caldo, de onde é retirado o vírus. Em seguida, o vírus é misturado ao pó chamado caulim. Quando seca, a mistura é novamente moída. O pó resultante é pulverizado nas folhas da soja. Texto Anterior: Vendas de máquinas despencam em 95 Próximo Texto: Seca causa prejuízo de R$ 1 bi ao campo Índice |
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