São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996
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Moradores poderão processar a prefeitura

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Moradores da rua Humboldt, em Higienópolis (zona norte do Rio), que tiveram objetos de suas casas destruídos pela inundação, pensam em pedir indenização à Prefeitura do Rio.
A forte chuva que caiu sobre o Rio no domingo -e que segundo o Instituto Nacional de Meteorologia deverá continuar por pelo menos uma semana- causou estragos em vários bairros.
No nº 68 da rua Humboldt, em Higienópolis, o morador Celso dos Santos Camilo, 50, estava desolado. Com o transbordamento do rio Faria-Timbó, as águas subiram 2 m dentro de sua casa.
Móveis, pertences pessoais e aparelhos domésticos -quase tudo se perdeu em sua casa de sala e três quartos. Ele e a mulher conseguiram salvar a TV, os aparelhos de videocassete e som.
Descrente com a morosidade da Justiça, ele não sabe ainda se seguirá adiante com a idéia de seus vizinhos, de processar a prefeitura.
Na favela da Cotia, às margens da estrada Grajaú-Jacarepaguá (zona norte), a manicure Neusa Dias da Silva só não morreu porque saiu para ir a um aniversário. "Eu não sabia que estava em uma área de risco", lamentava.
Segundo a Fundação Geo-Rio, cerca de 60 casas do morro estão em área de risco, e seus moradores foram notificados do problema há dois anos.

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