São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996 |
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Temporal no Rio deixa 450 pessoas desabrigadas
RONI LIMA
A região mais atingida foi a zona norte. Ruas ficaram alagadas, casas desabaram. Uma das principais vias de ligação da zona norte com a zona oeste, a estrada Grajaú-Jacarepaguá, foi interditada. Cerca de 450 toneladas de pedras rolaram morro abaixo, bloqueando as duas pistas. As pedras destruíram duas casas e um barraco da favela Cotia, deixando 15 pessoas desabrigadas. O prefeito César Maia (PFL) disse que estão sendo feitas obras para prevenir enchentes e deslizamentos, como nas encostas da Grajaú-Jacarepaguá, mas que só daqui a três ou quatro anos a cidade estará preparada para as chuvas. Com a interdição da estrada, aumentou o caos no trânsito. Segundo a fundação Geo-Rio, a pista junto ao morro, sentido Jacarepaguá-Grajaú, ficará interditada por duas semanas. A outra pista pode ser reaberta até o fim de semana. Na avenida Suburbana, na altura do bairro de Pilares (zona norte), o casal Amauri da Silva Gomes e Lícia Alcides de Carvalho morreu eletrocutado, depois que o seu carro enguiçou. Segundo o Corpo de Bombeiros, o carro enguiçou próximo a uma obra da prefeitura para colocação de fiação pública. Chovia, e Gomes foi empurrar o carro. Ao pisar em um bueiro, que estava energizado, ficou agarrado. Sua mulher tentou salvá-lo, mas também acabou eletrocutada. No município de Niterói, a 14 quilômetros do Rio, também houve estragos. Na favela Viradouro, no bairro de Santa Rosa, dez pessoas ficaram feridas com o desabamentos de seus barracos. No cidade do Rio, no bairro de Bonsucesso (zona norte), na esquina das avenidas Democráticos e Novo Rio, a água subiu tanto que passageiros de um ônibus se refugiaram no teto. Texto Anterior: Vera Fischer espera resposta sobre acordo Próximo Texto: Moradores poderão processar a prefeitura Índice |
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